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- 07/12/2022
- redacao
O principal assunto de hoje (7) é o julgamento da constitucionalidade do chamado “orçamento secreto” pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O que se espera da instância máxima do Poder Judiciário é uma decisão assentada na Lei Maior, que seus ministros julguem o destino das emendas de relator sem se deixar levar por pressões do Congresso Nacional, com suas duas Casas Legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado da República, e nem por emissários do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O que se sabe, basta ter um mínimo de informação, é que esse tal de “orçamento secreto” é um escândalo.
Os milhões e milhões dos cofres públicos são gastos sem nenhuma prestação de contas. Os senhores parlamentares, deixando de lado as honrosas exceções, infelizmente poucas – a sabedoria popular diria que cabem em um Fusca -, fazem a festa, distribuem o dindin ao bel prazer, em um toma lá dá cá charfundado em um grande lamaçal.
Não acredito que a nossa Alta Corte vá se curvar diante da política. O STF tem o dever de enterrar essa nojeira com aquilo que é de mais sagrado na gestão pública : o dinheiro do cidadão, da cidadã, do eleitor-contribuinte, enfim, do povo brasileiro.
Os abutres do dinheiro público, travestidos de parlamentares, são como germes, figuras fétidas do emaranhado jogo pelo poder, onde os mais espertos conseguem até dar beliscão em azulejo. Que o STF tome uma posição firme, que signifique o sepultamento definitivo dessa podridão chamada de “orçamento secreto”.
(*) -(Marco Wense-comentarista político-Itabuna
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