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- 20/03/2015
- redacao
O implante de silicone é uma das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil. Enquanto muitas mulheres realizam o sonho de ficar com os seios maiores e mais visíveis, outras sofrem com o tamanho excessivo das mamas. A gigantomastia é o termo técnico para definir a hipertrofia mamária, caracterizada quando o volume ultrapassa as medidas convencionais. “Existe uma classificação das hipertrofias. Elas podem ser categorizadas nos graus I, II, III e IV. No caso da gigantomastia, a hipertrofia ultrapassa o grau IV”, explica o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco da Clínica Michelangelo em Curitiba-PR.
Os graus I e II correspondem a aumentos subjetivos, já o grau III apresenta sintomas físicos, como dores nas costas e alterações na coluna vertebral. No grau IV, o mais severo, os sintomas são mais agressivos e os seios possuem um tamanho desproporcional a estrutura corpórea da mulher. “Pode haver ainda a chamada hipertrofia juvenil, que atinge pacientes jovens, e a hipertrofia com ptose, quando os seios são caídos. O crescimento exagerado da glândula mamária ou do tecido adiposo da região causa alterações nos tecidos e dificuldades para amamentar”, elucida.
Para determinar se a paciente possui gigantomastia são usados vários parâmetros de análise, como o peso, altura, largura do tórax e estrutura osteomuscular. Além disso, são levadas em consideração as queixas relacionadas à postura incorreta, distúrbios respiratórios, aspecto deformado das mamas e problemas psicológicos. “A mulher fica com auto-estima baixa, complexo e há prejuízos nos relacionamentos sociais por causa da dificuldade de aceitar a sua própria imagem corporal”, ressalta o médico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Entre as causas da gigantomastia estão os distúrbios glandulares, menopausa precoce, hipertrofia virginal ou puberal, diabetes, aspectos hereditários, distúrbios emocionais, obesidade e hipertrofia após a gravidez. “O tratamento para o problema é a correção por meio de intervenção cirúrgica. A plástica tem como objetivo reduzir o volume, deixando as medidas em harmonia e equilíbrio. A cirurgia ainda é benéfica para a coluna, as costas e reduz as dores causadas pelo peso excessivo”, afirma Pacheco.
A principal vantagem da cirurgia plástica é o resultado imediato, já que após a operação é possível visualizar a redução do tamanho das mamas. A intervenção ainda proporciona o remodelamento dos seios, melhorando o seu formato. “De acordo com o estado de saúde da paciente, os critérios de segurança e a indicação médica é possível associar a redução mamária a outros procedimentos cirúrgicos, como a lipoaspiração. A técnica utilizada para reduzir as mamas varia conforme o caso e as necessidades da paciente”, acrescenta Pacheco.
Mesmo com a correção do volume mamário, algumas pacientes precisam tratar os problemas dorsais com sessões de fisioterapia, RPG e terapias alternativas específicas. “Em adolescentes e mulheres jovens é preciso realizar um diagnóstico preciso e mais aprofundado, já que o corpo está passando por grandes transformações hormonais. A indicação da cirurgia deve ser feita com critérios rigorosos e todos os fatores que podem influenciar o processo devem ser discutidos entre o especialista e a paciente”, observa o médico.
No pós-operatório é indicado o uso de um sutiã especial, que não possui armações de metal, enchimentos ou costuras duras. O sutiã não pode apertar a região e deve ser o mais confortável possível, já que ele deverá ser usado por um mês durante o dia e também para dormir. “Os movimentos com os braços devem ser leves e após três semanas a paciente volta, de forma progressiva, as suas atividades normais. É normal os seios ficarem inchados, sensíveis e com manchas avermelhadas, que somem naturalmente com o passar do tempo”, finaliza.
Doutor Alderson Luiz Pacheco (CRM-Pr 15715)
Cirurgião Plástico
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