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- 15/11/2021
- redacao
Sim, é possível. Pesquisas mostram que o ex-juiz Sérgio Moro, – condutor da Lava Jato a mais ampla e eficiente investigação, julgamento e punição de corruptos e corruptores na história do País – se convenceu de que deve ser ele o candidato, de centro (ou Terceira Via), para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro, à direita, (já em promove comícios e aglomerações fora da lei, a título de entrega de obras ou assinatura de ordens de serviço) e o ex, Lula (PT), à esquerda, que faz articulações de bastidores aqui e ali, mas ainda sem força e coragem para assumir as ruas, como em tempos idos.
No vácuo, o ex-ministro, já sem as amarras do contrato de trabalho com empresa nos EUA, onde mora atualmente, trata de pegar a carruagem de impetuosos cavalos arreados que passa à sua porta, para trazê-lo de volta com um pré-projeto de governo, um foco e um sonho: ser eleito presidente da República em 2022. Parte do dever de casa a que se atribuiu – em recente vinda ao Brasil para consultas familiares e políticas (além de ouvir amigos, empresários e prováveis aliados de confiança) antes da construção de um plano de pré-campanha – também já foi cumprido. Moro digitou o ponto final no livro que estava escrevendo desde que deixou o governo e anuncia o lançamento para começo de dezembro, com eventos políticos e de autógrafos já agendados para quatro capitais, tambores de ressonância em suas respectivas regiões : São Paulo (Sudeste), Curitiba (Sul), Brasília (Planalto Central) e Recife (Norte e Nordeste).
Com expressivo e referencial título “Contra o sistema de Corrupção”, o livro pretende ser uma espécie de registro histórico de um tempo no Brasil e na América Latina, documento de fatos de bastidores e de princípios da vida do paranaense de Maringá em sua caminhada política e eleitoral. Não terá foco em passado romantizado, mas no presente, factual e intensamente vivido pelo ex-juiz federal, e do qual ele se tornou um símbolo (admirado por muitos e odiado de outros tantos). Assim, além da sua pré-agendada filiação ao Podemos, dia 10 de novembro, em ato político no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, o ex-juiz terá outros compromissos relevantes. O principal deles é espalhar e discutir pontos que considera essenciais, de seu livro. Diga-se ainda, por relevante, que embora o relato de sua presença e atuação no governo do capitão faça parte da obra, Moro aponta para a frente e
Em recente artigo, na coluna que mantém na revista digital Crusoé, ele finca algumas vigas mestras de sua plataforma política e econômica: “Controlar a inflação, como se fez com o Plano Real, assim como prevenir e combater a corrupção, como se fez durante a Lava Jato, são conquistas civilizatórias. Essas ações não pertencem a governos ou a autoridades públicas específicas, pois só foram possíveis com amplo apoio da sociedade civil organizada e da população. Já os responsáveis pelo descontrole da inflação e pelo desmantelamento dos controles sobre a corrupção são mais facilmente identificáveis, já que a responsabilidade não é aqui coletiva, mas sim localizada em políticas públicas equivocadas e cujos autores são nomináveis”. Ponto. Tudo indica que, com Sérgio Moro de volta ao Brasil, a ilusão binária Bolsonaro x Lula vai acabar ou diluir-se. E logo saberemos, como dizia Brizola, “quem de fato tem farinha para vender na feira”. pensa também planos para a Nação.
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