MARAÚ: MUNICÍPIO COMEMORA 77 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA NESTA SEGUNDA FEIRA
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  • 28/03/2015 
  • redacao

 

Igreja Matriz de São Sebastião

Igreja Matriz de São Sebastião  (Foto: Jornal Tribuna da Região

 

Nesta segunda feira 30, o município de Maraú vai comemorar 77 anos de emancipação  politico-administrativa. Uma vasta programação esportiva e cultural foi elaborada pela Prefeitura..  No  domingo 29, pela manhã haverá torneio de futsal masculino, na Quadra de Esporte. A partir das 15 horas, apresentação das crianças do Centro de Convivência,  apresentação da Fanfarra na Praça Central, Desfile da Casa do Boneco de Itacaré. Já a noite acontece na praça central,  shows musicais com a Banda S4 & Cia e Benner Show. Na segunda feira dia do aniversário, às 09 horas, Missa Solene na Igreja Matriz e Cerimônia Cívica de Emancipação Política, na Praça da  Igreja, com a presença das autoridades e a apresentação da Filarmônica, Lira da Conceição. Ainda fazendo parte do aniversario, a Prefeitura Inaugura  uma Escola no povoado de Quitungo.

Histórico – A origem do município, foi uma aldeia de índios denominada “Mayrahú”, descoberta em 1.705 pelos frades Capuchinhos Italianos. A tribo indígena existente, chamava-se “Mayara”. Não se sabe a época do seu desaparecimento e nem a que ramo pertencia.
Por ordem da  Carôa, o bandeirante João Gonçalves da Costa, construiu uma estrada denominada “Estrada da Nação”. O movimento por esta estrada, concorreu para o contrabando do “Quinto de Ouro”, o que deu origem à criação do povoado dos Funis, local onde aestrada bifurcava em direção a Camamú e a Vila Barra do Rio de Contas, hoje cidade de Itacaré.
Para dificultar o contrabando que passava pela estrada que dava no sertão da fazenda Ressaca, foi edificada nesse local, a cidade de Vitoria da Conquista.

Assim Mayrahú teve o seu “Registro de Impostos”, forçado pelas necessidades de arrecadação do “Quinto da Coroa”.
O distrito de Mayrahú, foi criado em l.717, e a capela construída pelos frades, foi elevada à categoria de freguesia, com o nome de “São Sebastião de Mayrahú”, pelo arcebispo D. Sebastião Monteiro da Vide, no mesmo ano.
A freguesia foi elevada à categoria de Vila, por ordem do Governo Provisório que se seguiu ao de D. Antonio de Almeida Soares e Portugal, 3º Conde de Avintes, em 17 de junho de 1761, sendo instalada pelo Ouvidor-Geral da Bahia, Drº. Luiz Freire Deveras, há 23 de julho do mesmo ano. Nesta mesma data foi criada a Vila de Maraú. Pelo Decreto-Lei nº 10.724 de 30 de março de 1938, a Vila foi elevada à categoria de Cidade.

Usina de “Jonh Grant”

Nos anos de 1860 à 1864, o Reino Unido da Inglaterra ganhou uma concorrência para a instalação de uma usina de destilação de querosene, extraído da turfa a partir da nafta, e também, para a extração do xisto betuminoso,em Maraú. A empresa foi instalada às margens do rio Maraú.
A versão popular é de que a usina chamava-se “JONH GRANT”, mas o roceiro encontrando dificuldades com a pronúncia, abrasileirou para “João Branco”.

Instalada a usina de João Branco, com todos os requisitos de uma grande refinaria, custou à Coroa Inglesa 600 mil libras esterlinas. A mesma, cerca de 500 operários, possuía uma estrada de ferro interna, por onde rodavam duas locomotivas. Dizem que uma delas é a locomotiva nº 12, que fica em frente ao DETRAN, em Ilhéus. O Ilhéus Hotel, segundo dizem, foi construído com tijolos refratários das cinco chaminés da fábrica de João Branco.

Na referida usina, onde era destilado o querosene, fabricavam-se velas de espermacete, sabão, ácido sulfúrico e papel encerrado para acondicionar alimentos e, preparavam-se para a fabricação de celulose, no grande parque industrial de Maraú.

As atividades da Companhia Internacional de Maraú foram paralisadas. Dizem que a usina deixou de funcionar devido a uma greve do pessoal, tendo como consequência, uma sucessão de crimes. A agitação atingiu tamanhas proporções, que Mister Grant disparou um tiro em um operário, matando-o. Foi julgado por isso, mas mesmo absolvido, preferiu retirar-se da Bahia, fechando a fábrica.

Dizer o escritor Maurício Vaitsmam, no seu livro “O petróleo no Império e na República”, que a verdade é outra. O fracasso foi de ordem “política e social”.Hoje, na localidade ainda chamada de João Branco, encontram-se as ruínas da fábrica e os trilhos da ferrovia.
Por um paradoxo do destino, perto do local onde fora o grande Parque Industrial, foi descoberto um depósito de gesso, considerado o maior do mundo, pelo “trust” inglês do cimento Portland. Hoje, tal depósito pertence ao grupo do cimento Mauá. (jornaltribunadaregiao,com,br)


  1. Jose de Deus disse:

    Parabens Marau, estamos anciosos e na esperança que o asfalto realmente saia para que povo desta penisula tenha uma vida mais digna com melhores acesso para que a cidade tenha um desenvolvimento comercial merecido, estamos torcendo e que Deus abencoe.