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- 07/06/2015
- redacao
A oposição pedirá informações sobre um encontro, em 2006, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, para tratar da compra da refinaria de Pasadena (EUA). Integrante da CPI da Petrobras, o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) disse que apresentará requerimentos para que a Petrobras e a Presidência da República prestem informações sobre o encontro. O tucano disse que a própria presidente Dilma Rousseff deve explicações, já que era ministra de Lula e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Registro do encontro foi revelado neste sábado pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. O DEM apresentará requerimento na mesma linha, incluindo pedido de informações à Polícia Federal, que investiga o caso dentro da Operação Lava-Jato. — Vai cada vez maturando mais o fato de que Dilma e Lula participaram dessas decisões, no período em que a Petrobras foi saqueada. Eles não podem apagar a História — disse Imbassahy. Apesar da ação da oposição, o relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), afirmou que o caso não será investigado porque a compra da refinaria de Pasadena, segundo ele, não é objeto da comissão. — Pasadena foi tratada na CPI que se encerrou no Senado, não é objeto desta CPI. Ficou estabelecido que o fato determinado desta CPI é a venda de ativos na África, o Gasene, a Sete Brasil — disse o relator. O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (BA), disse que a revelação da agenda acaba com os argumentos de que Lula não sabia da negociação sobre Pasadena. Ele ainda ironizou a reação de Luiz Sérgio: — Dizer que não faz parte da CPI é brincadeira. É hilário e ridículo. É preciso saber de que modo Lula e o governo dele atuaram para dar respaldo a essa que foi uma das maiores ações realizadas para destroçar os cofres da Petrobras. Segundo o “Estado de S.Paulo”, Paulo Roberto Costa foi a Brasília para se reunir com Lula em 31 de janeiro de 2006, um mês antes de a compra de Pasadena ser autorizada. O encontro foi registrado na agenda de relatório da empresa como “Viagens Pasadena”. A agenda lista deslocamentos de seus funcionários e executivos em missões relacionadas ao negócio. A agenda oficial do Palácio do Planalto registrou o encontro como “Reunião da Petrobras”. Por meio da assessoria, Lula informou ao jornal paulista que o encontro ocorreu há nove anos e que “não tratou de Pasadena”. Ele informou ainda que José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da estatal, participou do encontro. Gabrielli esteve em Brasília no mesmo período, com o registro de “reunião no Palácio do Planalto”. Ele disse não se lembrar da reunião.
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